Pequeno vilarejo no centro da França foi destruído em 1944, durante a ocupação nazista.
Cidades fantasmas são mesmo um destino de muitos turistas curiosos. Ainda mais com as histórias que as rodeiam por anos. Pripyat é a mais conhecida, até por conta do desastre atômico de Chernobyl, em 1986. Os prédios estão caindo aos pedaços, e o "sarcófago" que cobre o reator 4 (que explodiu após uma falha no resfriamento), já está desgastado, tendo vazamento de água radioativa.
Mas Oradour sur Glane também tem muita história pra contar. O pequeno vilarejo no centro da França foi ocupado por nazistas em 1944, e 642 moradores foram mortos por soldados alemães, num massacre em represália às atividades de resistência na região. 189 homens foram fuzilados, 247 mulheres e 206 crianças foram trancafiadas numa igreja, que então foi incendiada. O lugarejo foi deixado do mesmo jeito que as tropas da divisão "Das Reich" da temida SS nazista o abandonaram: completamente deserto e com as casas queimadas.
Também podem ser encontrados objetos do cotidiano, como máquina de costurar ou uma bicicleta, seguem nas casas, formando um memorial silencioso às vítimas da segunda guerra mundial.
Vilarejo francês de Oradour Sur Glane foi destruído pelos nazistas e permanece do mesmo jeito até hoje |
Nos celeiros, os homens eram esperados por metralhadoras montadas. Todos foram fuzilados e os celeiros queimados com seus corpos lá dentro. Apenas cinco escaparam com vida. Já com as mulheres e crianças, a coisa foi bem mais brutal. Os SS jogavam tochas dentro da igreja, causando um enorme incêndio. Quem tentava escapar pelas janelas era metralhado por soldados nazistas posicionados do lado de fora.
Apenas uma mulher, chamada Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina nazista, pulando por uma janela pelo fogo sem ser percebida. No total, 642 habitantes foram executados pelos nazistas.
Igreja onde foram colocadas mulheres e crianças permanece da mesma maneira depois de 70 anos |
Ruínas tombadas na cidade-mártir. Oradour sur Glane virou patrimônio histórico e está do mesmo jeito há 70 anos. |
Cidade virou ponto turístico com a trágica história da invasão nazista |
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